segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eu tenho sorte!!!

Dizem que os jovens podem errar, e que através destes erros, é que são construídos os grandes homens.
Quem nunca parou para pensar qual foi o seu grande erro até hoje?
Muitos com certeza, detentores de um perfeccionismo egocêntrico provavelmente nunca encontrarão esse seu erro, mas sim, algo que não deu certo em função de algum terceiro que tenha errado. E, cá entre nós, ele já está errando. Mas não vamos contar a ele, certo?
Eu com certeza já errei, e ainda vou errar muito. Dentre os erros que consigo ver hoje, o que mais me incomoda é o que eu classifico como erro bobo, e que por incrível que pareça, me gerou alguns benefícios.
Quando tinha meus 14 para 15 anos, decidi que não faria o chamado colegial (2º grau), mas sim, um curso técnico de contabilidade.
Meu Deus, onde eu estava com a cabeça? (!!!)
Foram 03 anos em que eu me arrependia a cada dia de ter tomado aquela decisão, principalmente quando eu entrava nas aulas de contabilidade geral, contabilidade bancária e por fim, contabilidade pública. Isso nunca foi minha praia. Se me perguntarem o que eu entendo desse tema, serei franco em lhes dizer que nada.
Formei-me como um técnico em contabilidade, ou seja, um contabilista em 1996. Nunca exerci. Cheguei a passar no vestibular da municipal em segunda chamada, na segunda opção e em que curso? Contabilidade. Obviamente, desisti.
Definitivamente, não era a minha praia de forma alguma.
Foi quando comecei a me perguntar por diversas vezes o que eu tinha feito, principalmente quando eu parava para pensar frente a uma prova de concurso que eu não fazia a mínima idéia do que eram algumas fórmulas, ou temas abordados, afinal, eu era um técnico em contabilidade que nunca tinha estudado aquilo.
Nessas horas é que batia o arrependimento, e eu começava a sonhar com a minha antiga paixão: fisioterapia. (Talvez pelo grande contato que tive com esse meio, tamanho o tanto de torções e fraturas que tive. Mas isso não vem ao caso.)
Nunca vi alguém de família humilde conseguir fazer um curso de tempo integral, tendo que colocar dinheiro em casa e estudar ao mesmo tempo.
Paralelo a isso, foi uma época meio complicada economicamente, mudanças na economia nacional, com plano real e etc., desemprego e eu, prestes a exercer o serviço militar não conseguia emprego.
Dizem que vendas é algo que a pessoa entra quando não tem opção. Pelo menos no meu caso foi verdade. Na falta do que fazer, precisando honrar com a ajuda em casa, decidi entrar para vendas e foi aí que tudo começou a se encaixar.
Você deve estar se perguntando do por que desta história toda em um blog chamado Negócio & Ação! Eu explico:
Podemos através de nossas atitudes mudar aquilo que talvez já esteja desenhado. Um amigo meu usa muito uma expressão que decidi inseri-la em meu dicionário: “sentar em cima do rabo e gemer”.
Vejo muitas reportagens, documentários e etc, onde marginais alegam que entraram no mundo dos crimes em função da falta de emprego, da falta de estudo e etc. Isso é o tal do “sentar em cima do rabo e gemer”.
Preciso voltar no texto, onde eu acabava de descobrir que tinha me formado em algo que eu não gostava, que eu estava desempregado, além do fato que o grande curso de meus sonhos era algo semelhante a uma utopia? Não. Melhor não.
Na nossa vida, seja ela no âmbito pessoal como no profissional, temos “n” caminhos a seguir. Isso é o chamado “livre arbítrio”. Tudo o que fazemos gera um turbilhão de conseqüências, e devemos estar prontos para assumi-las.
Certa vez, ouvi de um gerente de uma das lojas da rede a qual eu trabalho, quando ele dizia aos colaboradores de sua filial:
“-O resultado de suas vendas é o fruto de sua competência. O cliente vir a te a loja, é fruto da oportunidade que a empresa está lhe dando. Sorte, é 50% oportunidade, e 50% competência. Portanto, tenham sorte...”
Este discurso me chamou a atenção e conseguí de uma forma muito automática associá-lo a minha vida, seja quanto a coisas que vivi, como a coisas que estão acontecendo e aquilo que quero para mim, e meus futuros filhos ou família.
Por fim, você deve estar se perguntando o que eu resolvi de minha vida. Por que eu resolvi cursar administração, por que resolvi ser de negócios, de compras.
Simples: eu vivia uma situação indesejada, queria algo que não poderia ter naquele momento, mas enxerguei uma oportunidade no curso de administração, onde eu poderia trabalhar e estudar ao mesmo tempo, tendo a oportunidade de ampliar meus conhecimentos naquilo que tinha despertado em mim uma nova paixão: o mundo dos negócios.
Estudei por conta própria, livros de ciências, biologia, redação e mais alguns que eu não entendia nada. De 100 vagas na então FACEF, faculdade de ciências econômicas de Franca (autarquia municipal), eu passava em 98º lugar. Isso para mim foi o mesmo que te passado em 2º.
Este foi o estopim para que as coisas começassem a mudar a minha história, como em alguns casos já puderem ler em meus artigos. Convites do mercado, melhores propostas de trabalho, pós-graduação e etc.
Mudei de emprego, assumi riscos, cresci, apanhei e desenvolvi.
Tive sorte. E não quero que ela vá embora. Estou sempre buscando por ela, afinal no alto de meus 31 anos penso que ainda vão acontecer muitos problemas, muitas situações que me farão repensar em tudo de novo.
Porém, lembre-se: “-Sorte é 50% oportunidade, e 50% competência”.
Faça! Tenha coragem! Ouse! Busque o novo! Se ofereça!
Com certeza você verá que é mais difícil que “sentar em cima do rabo e gemer”, mas é muito mais gratificante.
Não escolha seu caminho.
Desenhe-o!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Geração Z. A nova geração.

Olá leitores do Negócio & Ação!

Hoje, mantendo a série de “artigos terceirizados”, tenho o prazer de trazer à vocês o artigo de um profissional da área de tecnologia da informação que tive o grande prazer de dividir a sala de aula com ele durante três anos dos quatro em que estudei na faculdade de administração de empresas.

Diga-se de passagem, uma das poucas amizades verdadeiras que mantive daquela época, e que, aliás, hoje me orgulho de chamar de meu irmão não biológico.

Eliezer Pimentel (@eliezerpimentel) é o exemplo de pessoa que de maneira igual a muitos outros, enfrentou diversos desafios, tendo inúmeros motivos para ou desistir, ou seguir caminhos não muito interessantes. Contrário a isso, lutou contra tudo e contra todos, sendo hoje diretor de uma grande empresa de desenvolvimento de softwares na cidade de Franca, a Plano Bê; que aliás é hoje uma empresa competitiva no seguimento de softwares para POS e outras modalidades de pagamento. Recomendo, aliás, que visitem e conheçam sua empresa pelo
http://www.planobe.com.br

Enfim, Eliezer escreveu o artigo abaixo sobre um tema que me interesso muito: tecnologia. Neste artigo ele nos trás um tema novo, a chamada geração Z. Muito interessante, principalmente se pensarmos que é desta geração que sairão os novos profissionais de um futuro bem próximo.

Tenham uma ótima leitura!
Geração Z. Quem são?

Revivendo parte da infância

Interessei-me por tecnologia ainda muito jovem, por volta de meus 12 anos de idade, enquanto ainda fazia bico como empacotador em um supermercado próximo à casa de meus pais em uma cidade do interior paulista (Ituverava). Estávamos ainda na década de 80 e pouco se ouvia falar em computadores, menos ainda sobre tecnologias, pelo menos no meio em que eu era inserido e na cidade onde vivia. Devido à circunstâncias da vida, a época, enquanto meu pai cruzava as estradas do Brasil conduzindo um caminhão de norte a sul do país, minha mãe batalhava para complementar a renda da família executando tarefas domésticas que algumas mães dispensavam, como lavar roupas, passar roupas e fazer faxinas.

Meu hobby preferido era fazer recortes e colagens de partes de máquinas eletrônicas contidas nas folhas de jornais da Folha de São Paulo, de um caderno chamado Folha Informática, distribuído toda quarta-feira, e que usávamos como embrulho de mercadorias no pacote do supermercado onde fazia meus bicos aos sábados para ajudar a família, já que nos dias de semana atuava como verdureiro.

Mesmo sem saber o que todas aquelas máquinas eram ou sem ter muita noção se eram computadores "possantes" ou não, eu tinha apenas uma única certeza: "De que o mundo e as pessoas seriam transformados pela evolução daqueles computadores, mais cedo ou mais tarde". E claro, queria muito fazer parte disto.

A Tecnologia avança rápido, mais do que imaginamos!

As últimas três décadas foram decididamente marcadas pelo rápido avanço tecnológico, em tudo, em todas as áreas que se possa imaginar, mas como meu negócio são computadores, softwares e internet, vou me limitar a escrever somente daquilo que tenho vivido nos últimos anos de experiências.

Algumas décadas atrás, um tal de Gordon E. Moore (presidente da Intel em 1965) soltou uma previsão de que o poder do processamento dos computadores iriam dobrar a cada 18 meses, e que seus custos cairiam inversamente proporcional de uma forma que a cada um ano e meio teríamos máquinas mais velozes e mais poderosas capazes de fazer coisas inimagináveis e cada vez mais baratas. Fantástico! A própria Intel tem provado desta, digamos, "profecia", da Lei de Moore.

O que dizer sobre a velocidade com que a Internet cresceu no mundo inteiro, (nos últimos 20 anos), permitindo com que redes, empresas, instituições e pessoas pudessem se conectar, trocar informações de forma tão veloz nunca antes na história da humanidade concebida?

O rápido avanço do poder de processamento das máquinas, a popularização da internet e a queda nos custos de equipamentos e serviços deram início a uma das mais fantásticas e fabulosas transformações sociais já vividas na era moderna, e mais, em um curtíssimo espaço de tempo, quase que insignificante se comparado com os períodos passados de evolução social.

Os últimos 30 anos tem sido o marco da passagem da era industrial para a era do conhecimento e da tecnologia, não há do que duvidar disso, mas ainda há mais um fator que eu acrescento nessa história toda, "A evolução do comportamento humano", motivada pela evolução da tecnologia.

Vamos a alguns números:

- Atualmente são mais de 40 milhões de Internautas no Brasil;
- Mais de um bilhão no mundo todo;
- 81% dos estudantes possuem pelo menos uma conta de e-mail;
- 75% possuem alguma conta de Instant Message (msn, skype, gtalk, etc);
- 71% dos adolescentes no Brasil têm um aparelho de celular;
- 97% acreditam que a tecnologia é importante para educação;

Os números acima foram extraídos de pesquisa de 2009, acredito que esses números foram ultrapassados pelo menos na casa de 30%, tranquilamente. Agora vejamos, nunca antes na história da humanidade, as pessoas tiveram em suas mãos tanto poder. Sim, informação é poder sim. Nunca na história da sociedade as pessoas estiveram tão conectadas, tão "ligadas". Esse rápido crescimento tecnológico que transforma essa nova geração de sociedade tecnológica influência negócios, influencia modo de vida, enfim, influencia e muda tudo aquilo que conhecemos e sabemos até agora, pois uma nova geração está surgindo, numa velocidade aluscinante. Para se ter uma idéia de como estamos evoluindo em tecnologia e sendo transformados por ela, aqui mesmo no Brasil, um levantamento recente (em 2009), mostrou que nós brasileiros podemos contar com aproximadamente 2.000 salas de cinemas, 2.600 boas livrarias e pasmem, 120.000 lan-houses.

Comportamento de uma nova geração

A nova sociedade, influenciada pela tecnologia, desenvolveu hábitos e comportamentos que têm mudado o contexto na forma de se fazer jornalismo, no modo como se ouve música, como se vê televisão, no modo como se faz política, na maneira com que se faz amizades, com que se tem um relacionamento amoroso, em como se lê um livro ou no modo com que se faz compras.

Como exemplo, gosto de citar o que está acontecendo com a venda de jornais impressos e revistas. O Jornal Folha de São Paulo, que antes tinha uma circulação diária de 440 mil exemplares de seu jornal, atualmente conta com apenas 307 mil exemplares circulando diariamente. A venda de CD's e DVD's despencou dos 94 para 37 milhões de unidades ao ano. E não é só isso, se fizermos uma análise superficial, podemos identificar mudanças no comportamento humano nunca antes observados.

Até pouco tempo atrás, comprar um refrigerador era uma tarefa um tanto cansativa. Visita a várias lojas fazendo cotações, negociando com vários vendedores até que se encontrasse o melhor preço com as melhores condições somado ao menor prazo de entrega. Ou simplesmente se ia à primeira loja de departamentos, e fechava-se uma negociação, sem antes realizar nenhuma pesquisa de preços.

Um site chamado Buscapé (
www.buscape.com.br), por sinal brasileiro e vendido recentemente por US$ 342 milhões, mudou a forma com que se faz pesquisa de preços e na maneira das pessoas saírem às compras de produtos. Também é possível comprar quase de tudo pelo site Mercado Livre (www.mercadolivre.com.br).

O site de relacionamentos Orkut, da gigante Google, mudou a forma com que pessoas se relacionam, trocam informações, se correspondem, namorem. Os programas de comunicação de mensagens instantâneas, como o MSN e o Skype, foram grandes responsáveis pelo encurtamento das distâncias, pelos novos namoros, amizades, e porque não citar, traições.

O fenômeno Twitter que permite com que as pessoas contem ao mundo o que estão fazendo, virou uma grande sensação e uma grande ferramenta onde as pessoas, na grande maioria jovens, façam campanhas, protestos e divulgações. Exemplo disso a campanha presidencial de Obama nos EUA, e o movimento "Fora Sarney", que repercutiu internacionalmente.

Em São Francisco, nos EUA, é muito comum nos depararmos com moradores de rua usando notebooks, acessando o orkut ou o Facebook, trocando informações sobre o melhor lugar para se dormir a noite, ou sobre onde comer no dia seguinte, em qual abrigo ficar, ou ainda, enviar um email para seus familiares. A cidade de São Francisco tem internet grátis espalhada pela cidade inteira, dando acesso ilimitado a informação a qualquer morador, de rua ou não.

Geração Z

A rápida evolução da tecnologia tem dado abertura ao surgimento de uma nova geração de pessoas, seres humanos com capacidades acima do comum, se é que entendemos alguma coisa do que é comum hoje em dia.

Observam-se os jovens, crianças e adolescentes dos dias atuais, que nasceram e estão crescendo cercados de tecnologia, com iPdos, MSN, Orkut, Facebook, Google, Youtube, etc. Uma geração mais informada, mais consciente, mais detalhista e mais competitiva.

As crianças e jovens dos dias atuais vão transformar o modo de se tomar decisões em breve, vão influenciar a maneira como se administra uma organização, a forma de se fazer política, de como se aprender.

Apenas como ilustração, gosto de citar meu filho, de 10 anos de idade, desde muito pequeno, teve acesso ao computador, internet, games, entre outras parafernálias tecnológicas que gosto de ter em casa. Aos 10 anos, ele toma decisões sobre qual jogo quer jogar, música ouvir, filme a assistir, e assim, de forma natural, sem muita dificuldade, encontra na internet o que quer, faz o download, se precisar gravar em um DVD, toma a providência e pronto.

Com a mesma facilidade, o garoto com 10 anos, não se prende mais aos programas ao vivo na TV, e não dá bola se perde esse ou aquele seriado ou programa esportivo que tanto gosta, pois lá na Internet, está disponível para ele assistir quando e como quiser. Também não se prende somente aos livros adotados pela escola onde estuda, pois com uma ajudinha do Google e da Wikipédia e até mesmo com alguns vídeos no Youtube, pode aprender de uma forma diferente, pois tem nas mãos um poder que nunca imaginei ter aos 10 anos de idade.

E por falar em vídeo no Youtube, pode-se assistir um vídeo sobre a geração Z, basta clicar nesse link:
http://www.youtube.com/watch?v=74w0xeG9V8s e também neste link: http://www.youtube.com/watch?v=aAErx0d5yh0

Poderia discorrer páginas e páginas sobre o assunto, sobre Geração Z e sobre as próximas que virão. Escrevi um artigo relacionado ao assunto, um tanto mais complexo porém, que pode ser link neste link:
http://www.alemdecodigos.com/2009/07/singularidade-ficcao-nao-realidade.html .
O assunto pode ser para muitos, um tanto exagerado, mas para outros, que têm a percepção das mudanças e acontecimentos, irão concordar com minha opinião, a de que as pessoas estão mudando, estão se comportando de forma diferente, e a responsabilidade disso? DA TECNOLOGIA.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sou gerente. E agora?

Amigos leitores do Negócio & Ação!, hoje, postarei o segundo artigo de um amigo meu, que por sinal é alguém que respeito muito como pessoa do bem, e excelente profissional de compras.

Tive o prazer de conhecer Marcelo Castrignano no Magazine Luiza, onde ele prestou por alguns anos serviços de consultor em “strategic sourcing”.

Este profissional, com experiência em diferentes e conceituadas multinacionais, durante o período que la esteve conosco, pude absorver muito de seu "know-how", tendo sido através dele, criada a base daquilo que hoje sou também como um profissional negociador.

Assim, posto hoje um artigo seu, onde ele nos mostra alguns caminhos a se tomar quando nos tornamos líderes, ou melhor gerentes.

Ao ler este artigo, pude reforçar ainda mais meus conceitos sobre a diferença entre "ganhar o apelido de gerente", e ser efetivamente um gerente, um líder.

Espero que todos possam ter uma ótima leitura!

Sou gerente. E agora?

Carlos, um antigo funcionário, me ligou muito contente para avisar que foi o escolhido em um processo de seleção para a vaga de Gerente de Compras em uma grande empresa.

Ele estava preocupado, pois vai para uma empresa nova e esta vai ser sua primeira responsabilidade gerencial (ele era Comprador SR), portanto pediu algumas dicas sobre quais os primeiros passos que deveria tomar.

Aproveitando a abertura do Negócio & Ação!, compartilho com todos os amigos as dicas que dei a ele, na expectativa que sejam úteis para outras pessoas.

1. Antes de mais nada:

Acostume-se a ser o primeiro a chegar, ao menos durante o primeiro mês. Domine o ambiente. Se tiver uma sala fechada, saia dela para conversar com as pessoas à medida que eles cheguem. Olho no olho. Quebre o gelo, não fale apenas de serviço nestas primeiras conversas do dia.

2. Equipe:

Agende uma conversa individual o mais rápido possível com cada funcionário, direto e indireto. Cuide para que não seja interrompido durante as conversas. Identifique os destaques em quem você vai se apoiar, quem está desmotivado, quais os anseios de cada um, que treinamentos são necessários, onde existem tensões dentro do time. Veja nas entrelinhas se há alguém frustrado com sua chegada. Só depois verifique com o RH as últimas avaliações de cada um.

Lembre-se que você precisa de uma equipe boa para te dar sustentação, portanto se houver pontos abaixo da curva, estabeleça objetivos, cobre regularmente e, se não houver evolução em três meses, troque quem não atende, sem remorso.

Se tiver que substituir alguém, primeiro fale diretamente e de forma muito clara com a pessoa, reavalie em conjunto os objetivos não atingidos. Imediatamente após, reúna o grupo e explique quem saiu e por que.

A equipe sempre faz toda a diferença, porém não se engane: o único responsável pelos resultados da área é você – os méritos são compartilhados, o ônus é só seu.

3. Comunicação interna:

Estabeleça uma reunião semanal com todo o seu grupo, onde você possa passar os direcionamentos corporativos, reavaliar a semana que passou, planejar a próxima e discutir temas abertos. Se houver um painel como o “balanced scorecard” ou outra forma de avaliação dos resultados, verifique a evolução das métricas e compartilhe com o grupo, especialmente caso não esteja claro para todos quais os objetivos, por que eles são importantes, como as métricas são medidas, etc.

4. Situação atual da área de compras:

Peça para sua equipe uma lista dos gastos anuais por fornecedores, categorizadas pelos tipos de gastos. Em paralelo, peça uma lista igual para Contas a Pagar com os pagamentos efetuados por fornecedor no último ano. Você vai se surpreender ao comparar as duas listas, primeiro com a quantidade de gastos que não passam pela área de Compras e depois com as diferenças entre o que sua equipe reportou que compra e Contas a Pagar reportou que paga para os mesmos fornecedores. Identifique os planos de ação para cada categoria a ser negociada, bem para as negociações em curso. Veja os resultados das últimas negociações e que estratégias foram usadas. Veja se há um controle dos contratos e quais deles estão para vencer nos próximos meses.

5. Projetos:

Crie projetos para avaliar ações com os gastos importantes para a empresa e priorize tarefas. Delegue, mas acompanhe de perto. Nunca acredite na primeira negativa que lhe apresentarem, seja inconformado, insista, questione para encontrar novas soluções. Boas perguntas geram crédito e permitem que as pessoas te conheçam mais rapidamente. Para grandes projetos, tente formar times multidisciplinares com outras áreas, mesmo que informais.

6. Clientes internos:

Converse com o responsável em cada área usuária, para entender as eventuais queixas sobre Compras. Mapeie, estabeleça um plano de correção e acompanhe o processo. Às vezes, as soluções são simples e passam basicamente pela melhor comunicação entre as áreas. Veja se existem grupos de ação em temas que envolvam Compras. Indique a estes grupos alguém de sua confiança para representar sua área e sempre acompanhe o processo. Circule entre as áreas, entenda as necessidades que estão surgindo, estabeleça rapidamente seu “network”.

7. Fornecedores:

Agende reuniões para conhecer os principais fornecedores. Prepare-se para cada uma delas: o que vendem, qual o gasto, qual a evolução nos últimos anos (ou meses), resultados das últimas negociações, se existem concorrentes com propostas em curso, como está o mercado destes seus fornecedores (use a análise de Porter: quem são os fornecedores, concorrentes, entrantes potenciais, clientes, cenário e perspectivas). Tenha já definido um discurso com a mensagem da empresa e o que se espera destes fornecedores.

8. Lembre-se:

Você foi o eleito para esta missão. Quando surgir qualquer insegurança, não duvide de sua capacidade!

Também não há necessidade de criar um personagem do “Novo Gerente”. As pessoas identificam se há algo de falso no ar. Seja exatamente quem você é. Foi isso que te trouxe até aqui, foi isso que te fez ser o escolhido no processo e é isso que vai te levar a muitos outros sucessos no futuro.

Sucesso na carreira, e boas negociações!

Marcelo Castrignano

Supply Chain Manager

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O que é a contabilidade?

Como dito em postagem anterior, vamos iniciar com este artigo, uma série de postagens de amigos meus, pofissionais de destaque em suas àreas. Para começar, a tentativa de desmistificar o que é a contabilidade, principalmente para aqueles que mal conseguiam fazer a média na faculdade nesta matéria, ou que lembram que esta ciência existe quando sofrem uma vez ao ano ao tentarem fazer suas declarações de imposto de renda sem muito sucesso.

Sou suspeito para recomendar o artigo na seqüencia, pois o autor é meu irmão, um profissional apaixonado pelo o que faz, e que se o assunto é contabilidade, confio cegamente. Tenham todos uma boa leitura!

O que é a contabilidade?

Por Tarcísio Ranhel Cândido – Contador, Diretor de Controladoria

Esta pergunta, bastante simples, é o calcanhar de Aquiles de milhares de pessoas que utilizam esta ciência em suas atividades rotineiras. Mas se acalme. Não vou me atrever em sequer esboçar uma tese acerca do assunto, pois o mesmo é bastante odiado e amado por todo o meio empresarial.

A ciência contábil teve seus primórdios nos tempos em que se contavam carneiros e sacas de arroz e, com o advento do comércio em maior escala, houve a necessidade de se registrar tais mercadorias e o lucro ou prejuízo obtido pela venda das mesmas.

Atualmente, com o avanço da tecnologia e das técnicas desta ciência, continua-se a registrar os eventos que modificam o patrimônio das instituições, sejam elas comerciais, industriais, de serviços ou até mesmo das pessoas físicas.


A contabilidade, em sua essência, cuida de evidenciar as movimentações mercantis, bem como o resultado por elas obtido.

Muito se tem confundido o papel do profissional de contabilidade, justamente pelo peso que a legislação fiscal brasileira imprime a todas as instituições, bem como elegeu este profissional como seu fiel escudeiro (e porque não, fiel vassalo e cumpridor de todas as exigências). O profissional de contabilidade se divide entre a atividade de demonstrar os resultados obtidos pelos negócios da instituição e o cumprimento de obrigações fiscais e preenchimento de guias de recolhimento – que não são poucas.

Muitos profissionais, inclusive, ao se especializarem na escrituração de micro e pequenas empresas, reduzem as suas práticas a meros demonstrativos a serem apresentados à Receita Federal do Brasil (lamentável). Apesar disso, a contabilidade no Brasil vem sofrendo constantes melhorias. Inclusive, em dezembro de 2007 foi editada uma nova legislação para o assunto, elevando as tratativas contábeis a níveis internacionalmente aplicáveis, pena que, em sua maioria, apenas as empresas listadas em bolsa de valores é que tem efetivamente aplicado na prática tais normas.

Contabilidade, portanto, é uma ciência, não exata, pois depende da interpretação da legislação para sua aplicação. Contabilidade é uma ciência social aplicada, que utiliza métodos científicos e financeiros com o objetivo de mensurar o patrimônio das instituições, bem como o resultado por elas obtido em suas atividades.

A alta administração, instituições bancárias e governo são os clientes imediatos dos relatórios e análises produzidos pela contabilidade. É com tais informações que as entidades mencionadas tomam decisões, liberam recursos e calculam seus tributos. Sem a contabilidade, portanto, haveria uma lacuna nas informações e, bem provavelmente, cada um criaria seu padrão de relatório.

Seja bem vindo, utilize a contabilidade como apoio aos seus trabalhos e colha os benefícios desta ciência milenar.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Conhecimento: o único bem que ninguém nos tira!

Certa vez, lí na recepção de um cliente (lembrando minhas épocas de vendedor) em uma revista do Rotary uma frase muito legal que dizia: "Todos somos ignorantes. Em matérias diferentes..."
Esta frase passou a ser desde então, um dos meus lemas, e, a medida que as situações surgem no dia a dia, principalmente profissional, percebo que é uma verdade.
Em outubro do ano passado (2009) entrei para a equipe de key-users de um grande projeto na implantação do ERP Oracle na empresa que trabalho. Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido em minha carreira.
Neste projeto tenho contato direto com as demais frentes envolvidas, e sendo da frente funcional de compras, tenho desde então participado de constantes reuniões para entendimento de cenários atuais, desenho de cenários futuros e sua construção. Tenho conhecido inúmeras operações que confesso não ter conhecimento que sequer existiam dentro da organização, ou de forma mais ampla, nas organizações.
Frente a isso, me vejo pensando algumas vezes em tudo o que temos realizado, e percebo o quanto sou feliz por ter feito administração de empresas, curso então criticado por muitos como "o curso que só faz quem não sabe o que quer fazer".
Neste, tive a formação básica de diversas rotinas empresariais, que me proporcionaram estar hoje neste projeto, participando de forma efetiva, muitas das vezes, mais aprendendo que ensinando. Mais escutando que falando. Mas, sempre sabendo onde chegaremos.
Frente à estas situações, qual a primeira frase que me vêm a cabeça? "Todos somos ignorantes. Em matérias diferentes..."
Pensando assim, decidi fazer algo novo por aqui no blog:
O Negócio & Ação! está prestes a completar um ano. Isso mesmo! Em junho próximo, o blog completa um ano. Contando no calendário, praticamente dois meses, ou seja, muito cedo para comemorar.
Mas, a idéia é justamente comemorar por um tempo razoável. Desta forma, iniciarei uma série de postagens de artigos redigidos por grandes amigos meus, profissionais de destaque em suas áreas, com bagagem o bastante para realizar abordagens simples e objetivas sobre seus segmentos, diminuindo assim o nosso grau de ignorância nas diferentes matérias de cada um.
Teremos postagens sobre contabilidade, T.I., ERP, direito, viagens corporativas e enfim, uma gama de artigos diretamente ligados ao ambiente corporativo e que com certeza vão agradar a todos, além claro de quebrar alguns conceitos e gerar questionamentos.
Espero que gostem.
Sugestões para artigos, escrevam para negocio.acao@gmail.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Quando o mais barato não é a melhor compra.

O artigo de hoje, é um pouco diferente do que vimos até hoje no Negócio & Ação! A idéia é alimentá-los um pouco sobre informações recentes quanto à um fato de grande repercussão nacional, bem como instigá-lo a uma abordagem familiar do assunto, possivelmente mudando sua ótica sobre.
Aos que me conhecem pessoalmente, bem como os que lêem meus artigos no
Besteirol Caprichado,sabem que não sou fã do presidente Lula, e muito menos do PT. Assim, reforço com este comentário, meu cunho profissional e imparcial no artigo que segue, onde viso demonstrar a você leitor, os fatores que fazem surpresas em uma cotação,muitas das vezes, fazendo com que nem sempre o mais barato seja a melhor proposta.
A negociação do momento.
Estou falando do projeto Projeto FX-2. Aos que não conhecem, o projeto em questão trata do reequipamento da força aérea brasileira, já sucateada há algum tempo, assim como as suas forças co-irmãs marinha e exército. É um projeto que foi criado em 2006, e que era muito pouco ambicioso inicialmente.
Dadas as recentes descobertas de jazidas de petróleo no litoral brasileiro, bem como a ampliação da influencia brasileira no cenário internacional, em especial na America do Sul, houve a necessidade de se retomar o projeto, porém com ambições maiores, principalmente quando vemos a América populista de Evo Morales e Hugo Chavez (principalmente) ganhar força, e em especial se armar de forma poderosa.
Arte comparativa dos aviões, fonte: Site Estadão, http://migre.me/umgq
Semelhanças do projeto FX-2 com tudo o que já vimos por aqui.

Identificação da necessidade:

Em meados de maio de 2008, onde após alguns estudos estratégicos por nossa defesa, o intuito da FAB (Força Aérea Brasileira) era dotar de uma frota padronizada de aeronaves de caça de múltiplo emprego, com a previsão para o início das operações no Brasil no ano de 2015, tendo com estimativa a sua utilização por aproximadamente 30 anos.

Neste planejamento, a FAB prevê a substituição gradual das frotas de Mirage-2000, F-5M e A-1M (aeronaves atuais). [1]

Seleção de fornecedores capacitados:

Para atender a demanda identificada, seis empresas foram pré-selecionadas e receberam solicitação para apresentarem informações (request for information – RFI): as norte-americanas Boeing (F/A-18 E/F Super Hornet) e Lockheed Martin (F-35 Lightning II), a francesa Dassault (Rafale), a russa Rosoboronexport (Sukhoi SU-35), a sueca Saab (Gripen) e o consórcio europeu Eurofighter (Typhoon).[2]

Estabelecimento de critérios diferenciais da cotação, fatores de desempate.

O processo de escolha da aeronave vencedora leva em conta, principalmente, o atendimento aos requisitos operacionais estipulados pela FAB. Outros critérios utilizados na avaliação dizem respeito à logística, aos custos, às condições das ofertas de compensação comercial e o grau de transferência de tecnologia para a indústria aeronáutica brasileira. [3]

O recebimento da documentação, e a validação das propostas.

Os estudos tiveram por base as informações fornecidas pelas empresas em resposta aos pedidos de informações (do inglês Request For Information – RFI), emitidos em Junho de 2008. Os dados provenientes das empresas participantes foram avaliados de forma sistêmica, considerando aspectos referentes às áreas operacional, logística, técnica, Compensação Comercial (offset) e transferência de tecnologia para a indústria nacional de defesa.[4]

Seleção dos finalistas capacitados.

Com isso, as avaliações foram concentradas nas seguintes aeronaves finalistas: BOEING (F-18 E/F SUPER HORNET), DASSAULT (RAFALE) e SAAB (GRIPEN NG).

As 36 aeronaves, que integrarão o 1º lote, deverão ser entregues a partir de 2014, com expectativa de vida útil de, no mínimo, 30 anos. Assim, ao longo dos próximos anos, haverá a substituição, gradativamente, dos atuais caças Mirage 2000, F-5M e A-1M. O conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológica adquiridos nesta aquisição irá contribuir para que o Brasil tenha condições de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração em um futuro de médio e longo prazo.[5]

Decisões quanto ao processo, erros mortais e adjudicação.

Notaram como neste processo de cotação do projeto FX-2, todas as etapas que comentei aqui em nosso blog foram realizadas?

Pois bem, na data de hoje, a imprensa nacional divulgou em diversos meios que o presidente Lula e o Ministro Jobim, chefe das forças armadas decidiram pelo modelo da aeronave, tendo sido esta a mais cara das propostas, no caso, a aeronave francesa DASSAULT (RAFALE).

O sensacionalismo de grande parte da imprensa é algo perigoso e que faz com que a grande maioria das pessoas não consiga no primeiro momento a ter a visão que lhe convido a ter a partir de agora:

Desde meados de setembro, durante as festividades da independência brasileira, onde o presidente Francês Nicolas Sarkozy esteve no Brasil, o presidente brasileiro, Luis Inácio deixou mostras claras (e públicas) das intenções brasileiras em fechar a compra das aeronaves com os amigos franceses. O primeiro erro.

Por mais que Lula quisesse gerar um clima amistoso com o colega Frances, errou em divulgar de forma antecipada o resultado da cotação, mesmo que os próximos pontos favorecessem aos franceses. Abriu-se a porta para a resistência francesa, bem como a desmotivação Sueca e Norte Americana em se fazer algo mais por suas propostas. É fato que não houve manifestação de nenhum dos três lados neste sentido, mas analisando como um negociador, como um comprador, tenho de ver o processo como uma cotação fechada, e que pontos assim“quebram as pernas” de qualquer negociador.

Se por um lado a França começou na frente, os Estados Unidos não. Um dos grandes problemas em se fechar a negociação com o país norte americano nem é o preço, afinal, preço por preço, eles tinham o segundo melhor na proposta, perdendo apenas para os suecos. Por que então eles tinham a maior desvantagem?

Comentei anteriormente que um dos pontos de consideração principalmente para fator de desempate é a capacidade de efetivação da transferência da tecnologia empregada na construção e manutenção destes caças, possibilitando ao Brasil, em especial à EMBRAER poder não só produzir, mas o conjunto de conhecimentos e capacitação tecnológica adquiridos nesta aquisição irá contribuir para que o Brasil tenha condições de produzir ou participar da produção de caças de 5ª geração em um futuro de médio e longo prazo. É fato que os EUA sempre impõem restrições quanto à transferência de tecnologia, mesmo que aos seus aliados, como no caso do veto à venda de aviões Super Tucano da Embraer à Venezuela em 2003, pela existência de componentes americanos, como a turbina turbohélice Pratt&Whitney Canada PT6A-25C utilizada no avião brasileiro. Este episódio desagradou alguns estrategistas brasileiros, pois resultou na aproximação da Venezuela com a Rússia, que vendeu uma aeronave muito superior ao governo venezuelano, o Sukhoi Su-30.[6]

Continuando a análise, o SAAB (GRIPEN NG) foi visto pelo relatório da FAB como o ideal, pois agrupava preço, tecnologia, capacidade logística e transferência total de tecnologia ao Brasil. Segundo grande erro da cotação: um relatório de avaliação de proposta vazar, tornando público os pontos favoráveis e desfavoráveis de cada participante, antes que o processo tivesse sido finalizado. Como se já não bastasse, um terceiro erro, grotesco desde a seleção dos finalistas capacitados.


Em menos de uma semana do anúncio por parte da FAB sobre qual a melhor opção técnica, Hervé Morin, ministro da Defesa da França, disse ainda que “o caça francês "é incomparável" com o favorito da FAB, o sueco Saab Gripen, porque um já é operacional, e não "um avião que não voa, que não existe".[7]

Resumindo, a FAB elegeu e tornou público, que o melhor avião para atender ao Brasil, era um avião que ainda está no projeto, que ainda não existe: terceiro grande erro. O erro começou quando deixaram que a SAAB participasse da RFI com um avião projeto, e o comparassem com os demais. Quarto grande erro.

Entendendo o porquê do DASSAULT (RAFALE), ou melhor, da França.

Recentemente, o Senado brasileiro aprovou um empréstimo externo no valor de 6,080 bilhões de euros (US$ 8,645 bilhões) para a construção, em cooperação com a França, de cinco submarinos, incluindo um nuclear, e a compra de 50 helicópteros militares, para as três forças, que serão fornecidos entre 2010 e 2016 por um consórcio formado pela brasileira Helibras e pela Eurocopter, filial do grupo europeu EADS.

Há anos o Brasil sonha com o desenvolvimento de um submarino nuclear, uma possibilidade que começou a concretizar nos últimos meses mediante um acordo estratégico de defesa negociado com a França e formalizado durante a visita do presidente francês, Nicolas Sarkozy ao Brasil.

Com a transferência de tecnologia Francesa ao Brasil, será possível o país contar com seu primeiro submarino de propulsão nuclear em 2021vindo assim ratificar que o acordo com a França tem como condição a transferência de toda a tecnologia nuclear relativa aos navios, o que, na sua opinião, representará um "enorme salto" de qualidade para a indústria naval nacional.[8]

Resumindo, é evidente a preferência brasileira pelas negociações com a França, por um único critério: relações comerciais e estabelecimento de parceria estratégica militar com um forte parceiro.

O francês é o preferido de Jobim e de Lula, que defendem negócio com a França porque o país é seu "parceiro estratégico", com o qual assinou grande acordo militar em 2009.”[9]

Consideração final:

Após aprofundarmos em uma negociação complexa como esta, fica mais prático e fácil enxergar aquilo que já escrevi em artigos anteriores, onde falo sobre variáveis da negociação, levantamento de informações, sobre “sugarmos” ao máximo as informações quanto às necessidades e objetivos da cotação, para que durante sua evolução os caminhos não possam ser distorcidos, gerando mais transtornos que soluções práticas ao atendimento da demanda.

No caso em questão, é evidente que desde o começo, o que menos importou foi o preço. Mas sim, o atendimento de uma tecnologia necessária à renovação da FAB visando a proteção territorial, bem como a capacidade de evoluir o parque produtivo de aviões da EMBRAER, e por fim, estabelecer uma aliança estratégica militar forte.

Assim, embora eu enxergue o processo realizado como repleto de erros, entendo e aceito a escolha da proposta Francesa, não a enxergando como a mais cara apenas, mas sim, A ÚNICA PROPOSTA QUE ATENDE A TODAS AS NECESSIDADES BRASILEIRAS INFORMADAS NA COTAÇÃO.

(Segundo a reportagem da Folha, Lula e Jobim bateram o martelo a favor do caça francês Rafale. A decisão teria sido tomada depois da francesa Dassault reduzir de US$ 8,2 bilhões (R$ 15,1 bilhões) para US$ 6,2 bilhões (R$ 11,4 bilhões). O Rafale ficou em último no relatório técnico da FAB, que trouxe em primeiro o caça sueco Gripen e em segundo o americano F-18, da Boeing.)[10],

[1] Blog Clipping de Relações Internacionais, Projeto FX-2 – Esclarecimentos, http://temasinternacionais.wordpress.com/2009/09/14/projeto-fx-2-esclarecimentos/ , acessado em 04-02-09
[2] Blog Clipping de Relações Internacionais, Projeto FX-2 – Esclarecimentos, http://temasinternacionais.wordpress.com/2009/09/14/projeto-fx-2-esclarecimentos/ , acessado em 04-02-09
[3] Blog Clipping de Relações Internacionais, Projeto FX-2 – Esclarecimentos, http://temasinternacionais.wordpress.com/2009/09/14/projeto-fx-2-esclarecimentos/ , acessado em 04-02-09
[4] Blog Clipping de Relações Internacionais, Projeto FX-2 – Esclarecimentos, http://temasinternacionais.wordpress.com/2009/09/14/projeto-fx-2-esclarecimentos/ , acessado em 04-02-09
[5] Blog Clipping de Relações Internacionais, Projeto FX-2 – Esclarecimentos, http://temasinternacionais.wordpress.com/2009/09/14/projeto-fx-2-esclarecimentos/ , acessado em 04-02-09
[6]Site Wikpédia a enciclopédia livre, A escolha dos finalistas e a polêmica com o Sukhoi, acessado em 04-02-2010 http://pt.wikipedia.org/wiki/Projeto_FX-2#A_escolha_dos_finalistas_e_a_pol.C3.AAmica_com_o_Sukhoi
[7]Site Jornal Estadão, 'Gripen é avião que não voa, que não existe', diz França, acessado em 04-02-2010 http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,gripen-e-aviao-que-nao-voa-que-nao-existe-diz-franca,491927,0.htm
[8] Site UOL, Senado aprova empréstimo bilionário para submarinos e helicópteros, http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2009/09/02/ult1808u145931.jhtm , acessado em 04-02-2010
[9] Site UOL, jornal Folha On Line, Oposição defende participação do Congresso na compra dos caças, http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689454.shtml , acessado em 04-02-2010
[10] Site UOL, jornal Folha On Line, Oposição defende participação do Congresso na compra dos caças, http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u689454.shtml , acessado em 04-02-2010