quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Os juros caíram... Prenderam o Cunha... Viva...!!! Viva?

Duas notícias movimentaram o mercado ontem e hoje: a curva de juros, e a prisão do Cunha (não sei qual era a mais esperada...)

Fatiando o boi em bifes, primeiro a curva de juros:

A curva de juros de curto e médio prazo está subindo em relação ao que se via dias atrás. É estranho, certo? Mas é mais óbvio do que se pensa e vou explicar: imaginemos que 50% das pessoas esperavam que a redução fosse de 0,25% e a outra metade esperava uma redução 0,50%. Fazendo a continha de padaria, temos uma valor esperado de 0,375% de redução na taxa SELIC. Certo?

Então. Se o valor esperado estava maior do que o valor real, alguém pagará a conta. Simples assim.

Agora, Eduardo Cunha.

Demorou, mas ele foi preso. Ótima notícia, não? A justiça enfim funciona... Agora vai...!!!

Estranhamente, o mercado parece não ter gostado muito. acredito que por receio dos efeitos que uma possível delação do Cunha poderia fazer na retomada econômica do País.

Honestamente, na minha opinião, existe o risco sim, mas eu vou um pouco mais: Cunha só conseguiu chegar onde chegou, e ter o que tem por que essas pessoas que "poderiam" ou “seriam” delatadas, o ajudaram e continuarão a ajudá-lo (ou até mais) caso ele não os delate. Conheço isso como rabo preso.

Enfim, a julgar pelo histórico das prisões envolvendo políticos no Brasil, em no máximo uns 2 ou 3 anos Cunha estará livre, e poderá recuperar o tempo que perdeu. Nesse tempo, quem você acha que vai ajudar o Cunha a se recuperar? É, penso a mesma coisa que você.
Tudo dependerá do quanto ele será prejudicado. Ação e reação. Quanto mais prejudicado, maior o poder da delação. Quanto menos prejudicado, amargo uma cela com TV, frigobar, visitas todo dia, mostro para o mundo que a justiça funciona, não delato ninguém, fevereiro vem o carnaval, e por aí vai.


Viva o carnaval...!!!

Autor: Alexandre Mendes Matias

Alexandre Mendes Matias é bacharel em administração de empresas, com pós-graduação em Economia (Business Economics) pela FGV-EESP, atuando como coordenador financeiro, com mais de 08 anos de experiência de mercado no ramo.

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