Olá leitores do Negócio & Ação!, há quanto tempo não era possível eu usar este canal para poder trocar idéias com vocês por aqui, trocar experiências e enfim, tentar trazer à vocês pelo menos um pouco daquilo que sei no que diz respeito às compras, negociações e etc.
Estive envolvido em alguns projetos na empresa onde trabalho durante os últimos 18 meses, e apenas agora estou voltando à minha “vida de antes”, ou seja, atuar diretamente em negociações. Mas isso é algo que quero compartilhar com vocês em outros artigos, contando um pouco de minha experiência na participação da implantação de um ERP, desde seu desenho, até a sua rolagem em produção.
Hoje, a idéia é mostrar a vocês o quanto estou feliz em notar que neste período em que estive ausente, o N&A! ultrapassou a casa dos cinco mil acessos, e principalmente, começou a gerar alguns contatos de profissionais de compras/negociação, querendo saber um pouco mais de meu trabalho, um pouco mais daquilo que gosto de fazer, e principalmente, buscando a troca de experiências.
Como eu já estava há algum tempo longe, e me senti extremamente motivado com os números de acesso, e os contatos recebidos, decidi tomar a liberdade de trazer aos leitores do N&A! dois destes questionamentos que foram feitos não muito recentemente – aliás, peço desculpas pelo atraso na resposta, mas compromissos profissionais me impediram de retornar à estes de forma mais prévia – e que achei de extrema relevância para pulverizarmos aqui o aprendizado no tema, mesmo porque eu mesmo me pego várias vezes buscando o significado de alguns termos, ou até mesmo, de algumas teorias que tangem as negociações.
Já comentei aqui no blog que certa vez, me vi ameaçado com a presença de consultores na empresa em que eu trabalhava, onde da hora que eu chegava à hora que eu saia, queriam saber preços, práticas de negócio, contatos em fornecedores e enfim, tudo o que envolvesse meu trabalho, visando gerar redução de despesas via o “tal do strategic sourcing”. Embora eu tivesse a certeza que nada de desonesto seria encontrado em meu trabalho, eu tinha a preocupação de que gerassem mais resultados que eu, e que assim meu cargo/função fossem colocados de lado na empresa.
Foram pelo menos 10 dias de intensa preocupação, até que percebi que a melhor saída era me juntar aos consultores, e entender como faziam seu trabalho. Pois bem, assim o fiz.
Comecei a dar a eles mais informações, e ao mesmo tempo receber mais. Por incrível que pareça, estava estabelecida uma relação de negócios entre os lados. Negociávamos entre nós por objetivos diferentes, mas, sem que houvesse danos à relação.
Para quem não conhece, um resumo bem simples do, trabalho destas consultorias é apurar volumetrias de consumo ou de gastos, valores pagos atualmente, os chamados “base lines”, e, utilizando de uma carteira de fornecedores ampla, eles buscam reduzir os valores gastos em uma estimativa de consumo de 12 meses por exemplo. Aquilo que reduzirem, cerca de 20% em média fica para a consultoria.
Não parece tão difícil assim. E não é.
À medida que fui observando-os trabalhar, pude aprender alguns pontos chave da negociação e percebi um detalhe adicional: eu tinha relacionamento com fornecedores, coisa que a consultoria não. Eu via nos potenciais fornecedores, parceiros. A consultoria, um número a ser alcançado.
Não para minha surpresa, após levar ao mercado alguns itens de nosso mix de serviços e produtos, o resultado gerado pela consultoria não chegou a ser tão significante assim na maioria dos casos, fora que, em outros itens do mix, sequer conseguiram alcançar os valores que tínhamos de base line.
Por fim, comecei a perceber que, ao utilizar das matrizes de composição de propostas de preço da consultoria, bem como sua metodologia de cotação (RFQ), e suas teorias de compras estratégicas (e não de oportunidade), eu poderia associá-las ao relacionamento com fornecedores, mantendo a visão de que todo fornecedor pode ser uma nova oportunidade de parceria e solutividade de problemas.
Conseqüência disso? Hoje, conduzo as negociações de prestações de serviços, e uso e consumo na empresa a qual trabalho, gerando resultados sucessivos sem a perda da qualidade, e principalmente, utilizando das matrizes e teorias que aprendi com as consultorias.
Parar? Não.
Percebo que existe ainda um campo farto de aprendizado neste seguimento do “strategic source”, e recomendo que, aquele que tem interesse, vise conciliar a exatidão dos números ao relacionamento com fornecedores, e a reciclagem constante sobre o tema.
Espero no próximo artigo, trazer a vocês um pouco destas matrizes e teorias que aprendi e utilizo, para fomentar ainda mais pelo Negócio & Ação! o surgimento de novos negociadores especializados no “strategic source”.
Assim, espero que, com o próximo artigo, eu possa responder então aos questionamentos dos nossos leitores/seguidores Arcelino Alves de Souza, e Doralice, e em contrapartida realizar a troca de um pouco mais de experiência com todos vocês!
Estive envolvido em alguns projetos na empresa onde trabalho durante os últimos 18 meses, e apenas agora estou voltando à minha “vida de antes”, ou seja, atuar diretamente em negociações. Mas isso é algo que quero compartilhar com vocês em outros artigos, contando um pouco de minha experiência na participação da implantação de um ERP, desde seu desenho, até a sua rolagem em produção.
Hoje, a idéia é mostrar a vocês o quanto estou feliz em notar que neste período em que estive ausente, o N&A! ultrapassou a casa dos cinco mil acessos, e principalmente, começou a gerar alguns contatos de profissionais de compras/negociação, querendo saber um pouco mais de meu trabalho, um pouco mais daquilo que gosto de fazer, e principalmente, buscando a troca de experiências.
Como eu já estava há algum tempo longe, e me senti extremamente motivado com os números de acesso, e os contatos recebidos, decidi tomar a liberdade de trazer aos leitores do N&A! dois destes questionamentos que foram feitos não muito recentemente – aliás, peço desculpas pelo atraso na resposta, mas compromissos profissionais me impediram de retornar à estes de forma mais prévia – e que achei de extrema relevância para pulverizarmos aqui o aprendizado no tema, mesmo porque eu mesmo me pego várias vezes buscando o significado de alguns termos, ou até mesmo, de algumas teorias que tangem as negociações.
Já comentei aqui no blog que certa vez, me vi ameaçado com a presença de consultores na empresa em que eu trabalhava, onde da hora que eu chegava à hora que eu saia, queriam saber preços, práticas de negócio, contatos em fornecedores e enfim, tudo o que envolvesse meu trabalho, visando gerar redução de despesas via o “tal do strategic sourcing”. Embora eu tivesse a certeza que nada de desonesto seria encontrado em meu trabalho, eu tinha a preocupação de que gerassem mais resultados que eu, e que assim meu cargo/função fossem colocados de lado na empresa.
Foram pelo menos 10 dias de intensa preocupação, até que percebi que a melhor saída era me juntar aos consultores, e entender como faziam seu trabalho. Pois bem, assim o fiz.
Comecei a dar a eles mais informações, e ao mesmo tempo receber mais. Por incrível que pareça, estava estabelecida uma relação de negócios entre os lados. Negociávamos entre nós por objetivos diferentes, mas, sem que houvesse danos à relação.
Para quem não conhece, um resumo bem simples do, trabalho destas consultorias é apurar volumetrias de consumo ou de gastos, valores pagos atualmente, os chamados “base lines”, e, utilizando de uma carteira de fornecedores ampla, eles buscam reduzir os valores gastos em uma estimativa de consumo de 12 meses por exemplo. Aquilo que reduzirem, cerca de 20% em média fica para a consultoria.
Não parece tão difícil assim. E não é.
À medida que fui observando-os trabalhar, pude aprender alguns pontos chave da negociação e percebi um detalhe adicional: eu tinha relacionamento com fornecedores, coisa que a consultoria não. Eu via nos potenciais fornecedores, parceiros. A consultoria, um número a ser alcançado.
Não para minha surpresa, após levar ao mercado alguns itens de nosso mix de serviços e produtos, o resultado gerado pela consultoria não chegou a ser tão significante assim na maioria dos casos, fora que, em outros itens do mix, sequer conseguiram alcançar os valores que tínhamos de base line.
Por fim, comecei a perceber que, ao utilizar das matrizes de composição de propostas de preço da consultoria, bem como sua metodologia de cotação (RFQ), e suas teorias de compras estratégicas (e não de oportunidade), eu poderia associá-las ao relacionamento com fornecedores, mantendo a visão de que todo fornecedor pode ser uma nova oportunidade de parceria e solutividade de problemas.
Conseqüência disso? Hoje, conduzo as negociações de prestações de serviços, e uso e consumo na empresa a qual trabalho, gerando resultados sucessivos sem a perda da qualidade, e principalmente, utilizando das matrizes e teorias que aprendi com as consultorias.
Parar? Não.
Percebo que existe ainda um campo farto de aprendizado neste seguimento do “strategic source”, e recomendo que, aquele que tem interesse, vise conciliar a exatidão dos números ao relacionamento com fornecedores, e a reciclagem constante sobre o tema.
Espero no próximo artigo, trazer a vocês um pouco destas matrizes e teorias que aprendi e utilizo, para fomentar ainda mais pelo Negócio & Ação! o surgimento de novos negociadores especializados no “strategic source”.
Assim, espero que, com o próximo artigo, eu possa responder então aos questionamentos dos nossos leitores/seguidores Arcelino Alves de Souza, e Doralice, e em contrapartida realizar a troca de um pouco mais de experiência com todos vocês!
Um comentário:
Márcio,
Mais uma vez parabéns pelo artigo. Os textos do N&A! já estavam fazendo falta.
Saber negociar é, antes de tudo, saber fazer política, e quando se é um bom político, és também um bom negociador, por isso conseguiu uma relação de troca e sintonia com os auditores na empresa. Acredito que tenha sido muito importante essa troca de experiências para o seu aprendizado e amadurecimento profissional.
Grande abraço.
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